Em meio à pandemia que assolou o mundo nos últimos anos, os profissionais de saúde se destacaram como verdadeiros heróis, enfrentando desafios inimagináveis na linha de frente de combate ao COVID-19. No entanto, essa batalha constante também teve um impacto profundo e duradouro na saúde mental, é o que revela um estudo recente que aponta taxas alarmantes de depressão, ansiedade e estresse entre esses trabalhadores.
Os profissionais da área da saúde, que já possuíam responsabilidades significativas, encontraram-se sobrecarregados. Enfrentar a falta de recursos médicos, lidar constantemente com o temor da infecção e enfrentar as perdas humanas em grande escala foram apenas alguns dos imensos obstáculos que esses profissionais enfrentaram em sua rotina diária durante o período da pandemia.
O estudo intitulado “Depressão, ansiedade e estresse em profissionais da linha de frente da COVID-19” que foi publicado em uma revista portuguesa, trouxe à tona a crise de saúde mental enfrentada por esses heróis anônimos. Os resultados chocantes da pesquisa revelaram que, entre os 112 profissionais entrevistados, mais da metade, cerca de 52,68%, apresentaram sintomas de depressão, 57,14% relataram ansiedade e surpreendentes 78,57% sofriam de estresse no nível de burnout.
Esses números alarmantes apontam para uma situação de crise entre os profissionais de saúde, que arriscam suas próprias vidas para cuidar de outras pessoas. Entre as principais doenças psicológicas que afetam esses trabalhadores, destaca-se a depressão, que pode manifestar-se como sentimentos persistentes de tristeza, falta de motivação e desesperança. A ansiedade, por sua vez, pode se manifestar como preocupação constante, nervosismo e até ataques de pânico. E o estresse, especialmente no nível de burnout, pode resultar em exaustão física e mental, apatia e sentimentos de incapacidade.
Nesse contexto, é fundamental que sejam tomadas medidas de apoio psicológico e emocional para esses profissionais, não apenas o tratamento das condições mentais, mas também a prevenção do agravamento desses problemas. Reconhecer o heroísmo desses trabalhadores não apenas nas frentes de combate às doenças, mas também nas batalhas pessoais e internas contra o sofrimento psicológico, é um passo importante para garantir que eles recebam o suporte necessário e a valorização devida.