O Conselho Federal de Biomedicina (CFBM), por meio da Câmara da Mulher Biomédica, lançou, nesta quarta-feira (13/3), um canal em que as mulheres vítimas de assédios nos ambientes de trabalho poderão fazer denúncias.
O canal contará com o apoio de advogadas voluntárias que prestarão esclarecimentos jurídicos sobre as providências que as mulheres biomédicas poderão tomar.
Segundo um levantamento da Fórum Hurb (uma startup de aconselhamento jurídico), cerca de 18,3% das mulheres já sofreram assédio sexual no trabalho. O percentual é cinco vezes maior que o dos homens, que corresponde a 3,4%. Além disso, mais de 30% das mulheres já sofreram assédio moral, enquanto os homens relataram 22% desse tipo de violência.
Janaína Naumann, coordenadora da Câmara e conselheira do CFBM, afirma que as mulheres são impactadas pela dupla e, às vezes, tripla jornada de trabalho e, ainda, muitas vezes se submetem a um ambiente de trabalho hostil, seja por necessidade, seja por falta de esclarecimentos.
“O assédio moral ou sexual no ambiente profissional é uma batalha que tem e deve ser enfrentada não só pelas mulheres que são acometidas por esse tipo de violência, mas também por aquelas que têm uma posição privilegiada frente a isso. O assédio precisa ser combatido”, disse.
Como acessar o canal
As mulheres que quiserem buscar esclarecimentos jurídicos acerca das situações vivenciadas no ambiente de trabalho poderão buscar apoio (de forma anônima ou não), no site da Câmara da Mulher Biomédica. Acesse clicando aqui. As mulheres deverão responder um formulário. Todas as denúncias serão mantidas em sigilo.