Nesta terça, 20 de maio, Dia internacional da Pesquisa Clínica, dr. Marco Antônio Zonta, conselheiro do CFBM, esteve presente em plenária da Câmara dos Deputados, em Brasília/DF, em alusão à data (na foto, com a ex-senadora Ana Amélia de Lemos).
Biomédico pesquisador, pós-doutorado em Infectologia e Oncologia Molecular, dr. Zonta é professor associado ao Instituto Butantan (São Paulo-SP) e foi uma das lideranças no desenvolvimento da Resolução do CFBM que “dispõe sobre as atribuições e prerrogativas do profissional biomédico habilitado em Pesquisa Clínica, Desenvolvimento de Produtos de Saúde e Inovação Tecnológica em Saúde (nº 392, de 10 de março de 2025).
A recente Resolução regula as atividades do profissional biomédico, com adequada formação, para atuação na área de pesquisa clínica, em instituições públicas e privadas, em organizações representativas de pesquisa clínica (CRO, Centros de Pesquisa e empresas de produtos de saúde), em indústrias ou em outras instituições que realizem desenvolvimento de tecnologia e inovação em saúde (Art. 1º).
De acordo com o documento, “é atribuição do profissional biomédico atuante em Pesquisa Clínica, Desenvolvimento de Produtos e Processos de Saúde e Inovação Tecnológica em Saúde compor e liderar equipes multidisciplinares de pesquisa clínica e de desenvolvimento de produtos de saúde” (Art. 2º). Acesse a íntegra no site do CFBM.
Segundo dr. Zonta, a pesquisa clínica é essencial para o acesso ao paciente a novas tecnologias e medicamentos de última geração, além de garantir um atendimento humanizado e específico para cada tipo de doença, gerando informações importantes que podem auxiliar no tratamento de populações.
“A importância da Resolução para a Biomedicina faz com que profissional assuma seu lugar dentro da saúde na assistência e, principalmente, na pesquisa de ponta no país”, afirma.
Estudo de genotipagem: Especialista em saúde da mulher, dr. Zonta é responsável pelo desenvolvimento de estudo inovador sobre genotipagem para Papilomavírus Humano (HPV). “O rastreamento do câncer de colo uterino por genotipagem para HPV representa um avanço para a ciência e a saúde da mulher”, esclarece.
“É um procedimento de diagnóstico de alta complexidade para identificação do agente causal do câncer de colo de útero, e pode detectar a presença do DNA do vírus antecipadamente, diminuindo o número de exames Papanicolau, ‘que é primário e invasivo’”, explica dr. Zonta. O método será adotado ainda neste ano pelo Ministério da Saúde/ Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o país.