Fisiologia do Exercício: ciência do esporte proporciona progressos em benefício dos atletas

4 de dezembro de 2019

A prática esportiva, seja ela relacionada aos esportes de alto rendimento, aos praticantes recreacionais e principalmente aos que buscam saúde e qualidade de vida, tem como base do seu conhecimento e da sua evolução a Fisiologia do Exercício, área que evoluiu vertiginosamente nos últimos 40 anos. Este crescimento proporcionou progressos importantes em benefício dos atletas, contribuindo para a individualização do treinamento, periodização, prevenção de lesões e significativa melhora de performance. Esta contribuição ocorreu em todas as modalidades esportivas, tanto em esportes coletivos quanto em individuais.

Para os praticantes de atividades recreacionais e de promoção de saúde, o progresso científico da fisiologia do exercício também trouxe inúmeros benefícios, contribuindo significativamente para melhores resultados e maior aderência aos programas.

Com toda essa evolução, o campo de trabalho na fisiologia do exercício também passou a oferecer oportunidades profissionais para os fisiologistas, que passaram inclusive a fazer parte das equipes multiprofissionais em equipes esportivas, clubes, clínicas etc.

O que deve, entretanto, ser bem estabelecida é a necessidade de formação adequada desses profissionais. O fisiologista é definido como o “cientista do esporte” e precisa de uma bagagem de conhecimento adequada às solicitações dessa área. Para aplicar na prática os conhecimentos científicos, é fundamental uma constante atualização com a evolução das ciências do esporte.

Quem atua como fisiologista não pode simplesmente sair de um curso de graduação e se posicionar como o profissional capaz de exercer esta função. Os cursos de especialização e pós- graduação desta área são obrigatórios para quem pretende ser o “cientista do esporte”.

Quanto à formação acadêmica, o fisiologista pode ser formado em um dos vários cursos das áreas da saúde, como medicina, biomedicina, fisioterapia, educação física e nutrição, entre outros, cursos que possuem em sua grade curricular as disciplinas de anatomia, bioquímica e, principalmente, fisiologia humana.

A responsabilidade do profissional fisiologista é muito grande, pois ele tem a possibilidade de integrar as diferentes áreas em uma equipe multiprofissional e se responsabilizar pela constante atualização de conhecimento. Por outro lado, a recompensa e o reconhecimento podem ser grandes diferenciais para este profissional nesta recente área de atividade.

Por Dr. Turibio Barros (com Gerseli Angeli)

Biomédico, Mestre e Doutor em Fisiologia do Exercício pela EPM, fisiologista do São Paulo FC e membro do American College of Sports Medicine

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