A Biomedicina é uma ciência que está em constante evolução. Com apenas cinco décadas de existência, ela vem conquistando os sonhos de muitos que almejam trabalhar na área da saúde. Ao se formar, o novo biomédico tem um leque com mais de 30 habilitações para escolher em qual prefere atuar. No entanto, assim como em qualquer outra profissão, quanto mais especializado e atualizado for o profissional melhores serão as oportunidades do mercado de trabalho.
Segundo o presidente do Conselho Federal de Biomedicina, Silvio José Cecchi, Brasil afora, inúmeros são os mestres e doutores da Biomedicina que estão fazendo nome, liderando importantes pesquisas e tendo seus trabalhos publicados nas mais qualificadas revistas científicas do mundo. “São esses profissionais que estão alavancando a nossa profissão dentro e fora do país. Eles nos orgulham e nos motivam bastante, pois sabemos o quanto são dedicados, esforçados e preparados para se destacarem no âmbito profissional”.
Na busca pelo tão almejado sucesso profissional, a procura por cursos de pós-graduação lato sensu e stricto sensu é cada vez maior e mais próxima do término da graduação. “Fato bastante positivo, pois assim temos no mercado de trabalho profissionais atualizados, dispostos, com garra, vitalidade, qualificação e determinação”, destacou Cecchi. Ele lembrou ainda que o Biomédico de hoje, muitas vezes, é aquele profissional que trabalhou duro para pagar os estudos ou que batalhou persistentemente para ingressar numa instituição pública. “De qualquer forma, sabemos que são profissionais que despendem de grande esforço e merecem alcançar o sucesso profissional”. Cecchi mencionou ainda o caso do biomédico Guilherme Lopes, que recebeu no último dia 9 o título de Doutor no estado do Piauí e foi considerado pelos jornais da região o mais novo do país a obter o título.
O mais novo doutor brasileiro
Guilherme Lopes tem 26 anos, nascido na cidade de Piripiri (PI), formou-se com bolsa de estudos do ProUni (Programa Universidade para Todos) em uma faculdade da região e defendeu sua tese de doutorado no último dia 9. Seu trabalho, segundo ele, “versou sobre uma bioprospecção de uma molécula isolada de uma planta conhecida no nordeste como Angico amarelo. A ênfase da pesquisa foi avaliar essa substância em modelos experimentais antioxidantes in vitro e modelos anti-inflamatórios in vitro e in vivo. “Vimos que essa substância possui grande capacidade de ser aplicada no desenvolvimento de um fitomedicamento para o tratamento de doenças inflamatórias”, ponderou Lopes.
O Biomédico saiu da graduação e logo ingressou no doutorado em Biotecnologia na Universidade Federal do Piauí. Hoje ele atua como pesquisador e docente na Faculdade Chrisfapi na cidade de Piripiri, ministrando as disciplinas de Bioquímica, Bioquímica Clínica, Biotecnologia e Enzimologia, Imunologia e Microbiologia Clínica.
Ao ser perguntado pelo CFBM o que a Biomedicina representa para Lopes, ele disse que desde adolescente sempre gostou de ciências, pesquisas e laboratórios voltados para a saúde e que ao conhecer a graduação percebeu que neste curso conseguiria fazer tudo o que eu sonhava profissionalmente. “A Biomedicina para mim é a oportunidade de viver e trabalhar fazendo o que eu mais gosto – pesquisa e docência. É também uma forma de ajudar na melhoria da qualidade de vida da população. Sei das grandes dificuldades que temos como biomédicos, da falta de reconhecimento profissional, mas não podemos desistir, precisamos de forma unida, lutar todos os dias levantando a bandeira da profissão. Assim acredito que teremos melhorias em todos os aspectos da nossa área”.
Por Caroline Lucas